DIMENSÃO 360º

Cultura de Paz

A cultura de paz pode ser entendida como um conjunto de valores, atitudes e práticas que visam à construção de uma sociedade mais justa, equitativa e pacífica. Nas escolas, a promoção dessa cultura implica criar um ambiente escolar no qual o diálogo, o respeito mútuo, a tolerância e a não violência sejam os pilares da convivência.



Cultura de paz nas escolas



A cultura de paz nas escolas transcende a mera ausência de conflitos. Ela se configura como um ambiente educacional permeado por valores como respeito mútuo, ­empatia, ­diálogo construtivo, resolução pacífica de ­conflitos e ­responsabilidade social.



Por que falar da cultura de paz nas escolas?


A escalada de casos de violência e ataques em escolas brasileiras tem gerado grande preocupação e demandado soluções urgentes. Nesse contexto, a promoção da cultura de paz emerge como um caminho promissor para construir um ambiente escolar mais seguro e humanizado.
A ausência dessa cultura nas escolas cria um terreno fértil para o desenvolvimento de comportamentos violentos. Quando os alunos não são expostos a valores como respeito, empatia e diálogo, eles se tornam mais propensos a recorrer à violência para resolver conflitos. Além disso, a falta de um ambiente acolhedor e seguro pode gerar sentimentos de frustração, raiva e desamparo, que podem se manifestar em comportamentos agressivos.
Podemos conferir, a seguir, a linha histórica dos casos de violência nas escolas, notando o aumento do número de casos nos últimos dois anos.



Adolescentes e atos de violência extrema


Analisando perfil de agressores que foram responsáveis por ataques em escolas do Brasil, é possível perceber que eles passam por um processo de radicalização ao longo dos anos.
O isolamento prolongado dentro dos quartos tem gerado sérias consequências para a saúde mental dos jovens. Nesse contexto, a solidão, a falta de conexões sociais significativas e o estresse emocional têm levado a um aumento nos casos de depressão, ansiedade e comportamentos autodestrutivos.
Segundo a socióloga Miriam Abramovay, esse diagnóstico nos ajuda a entender por que alguns jovens se conectam com narrativas de ódio e violência na internet e se voltam contra a escola, que é um espaço público e concentrado de sujeitos.


Escola saudável investe na diversidade


A adolescência é um período de intensas transforma- ções, no qual a construção da identidade se torna um processo central. É nesse contexto que o trabalho com a diversidade se revela como uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de jovens mais autônomos, críticos e resilientes. Ao reconhecer e valorizar as diferenças, sejam elas de gênero, raça, orientação sexual, religião ou qualquer outra característica, promove-se um ambiente inclusivo e respeitoso, no qual cada indivíduo se sente acolhido e valorizado por quem é.


Benefícios do trabalho com diversidade


• Fortalecimento da autoestima: ao se sentirem valorizados por suas diferenças, os jovens desenvolvem uma autoestima mais sólida e se tornam mais confiantes em suas capacidades.


• Desenvolvimento do senso crítico: o contato com diferentes perspectivas e experiências estimula o pensamento crítico e a capacidade de questionar o status quo.


• Promoção da empatia:ao conhecer as histórias e vivências de outras pessoas, os jovens desenvolvem a Escola saudável investe na diversidade capacidade de se colocar no lugar do outro e de compreender suas perspectivas.


• Combate à discriminação e ao preconceito: ao aprender sobre a diversidade, os jovens se tornam mais conscientes dos efeitos da discriminação e do preconceito, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.


• Preparação para a vida em sociedade: o trabalho com a diversidade prepara os jovens para viver em um mundo cada vez mais diverso e globalizado, desenvolvendo habilidades como comunicação intercultural e trabalho em equipe.



Livros/h1>


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Cultura de paz e educação para a paz: Olhares a partir da complexidade, de Nei Alberto

O livro busca na complexidade e na transdisciplinaridade as bases para interpretar tantos fenômenos presentes na reflexão sobre a paz e a violência. Desse caminho se abrem outros importantes temas para discussão no campo educacional, como valores e direitos humanos, conflitologia e eco formação de maneira integrada.

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A linguagem da paz em um mundo de ­conflitos: sua próxima fala mudará seu mundo, de Marshall Rosenberg (Palas Athenas, 2019)

O livro oferece ferramentas práticas para a comunicação não violenta, promovendo a empatia, a escuta ativa e a resolução pacífica de conflitos em um mundo marcado pela violência.

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Educação em direitos humanos & educação para a cultura de paz: luta, esperança e utopia, de Elione Diógenes (Ed. CRV, 2020)

O livro entrelaça a luta por direitos humanos com a construção de uma cultura de paz, buscando as ações de promoção e cuidado dentro das relações humanas.



Filmes & Séries


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Entre os muros da escola (Disponível no Prime Video)

O filme é um retrato cru e comovente da realidade de uma sala de aula em uma periferia parisiense, explorando as tensões, os desafios e as esperanças do dia a dia entre alunos e professores em meio às desigualdades sociais e à busca por um futuro melhor.

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Escritores da liberdade (Disponível no Prime Video)

Narra a inspiradora história da jovem professora Erin Gruwell que, ao enfrentar um grupo de alunos em uma escola segregada, utiliza métodos inovadores e a literatura para transformar suas vidas, promovendo a superação de preconceitos.

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Mulher (Disponível na Apple TV)

O documentário apresenta um panorama global da experiência feminina através dos olhos de mais de duas mil mulheres de cinquenta países. Por meio de depoimentos íntimos e visuais impressionantes, o filme explora temas universais a partir da importância do diálogo e da diversidade de pessoas.